Campinas, 26 de Abril de 2024
FALTA DE DEFINIÇÕES NO PLANO DIRETOR DEIXA BAIRROS SOB AMEAÇA
07/05/2017
Notícia publicada na edição n.108 do Jornal Alto Taquaral
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A condução do Plano Diretor de Campinas tem provocado debates acalorados e muitos encontros de vários segmentos. A ampliação da participação popular, requerida pelas entidades representantes da sociedade civil, ocorre em vários bairros por iniciativa das organizações populares. As associações de moradores têm alertado e convocado a população a participar mais dos debates e espalham faixas como no Chácaras Primavera e em Barão Geraldo, chamando para a “defesa das ameaças do Plano Diretor”.

Essas ameaças, segundo o Fórum pelo Plano Diretor Participativo, vão desde a falta de divulgação do Plano de Mobilidade Urbana – que será concluído apenas depois do Plano Diretor ser enviado à Câmara, quando deveria estar sendo construído junto -, a proposta de verticalização em bairros residenciais, a ausência de discussão sobre a Lei de Uso e Ocupação do Solo e a proposta de expansão da área urbana do município.

 PETIÇÃO ONLINE

 A ONG Minha Campinas está promovendo um abaixo assinado online para uma petição contra o aumento injustificado do perímetro urbano. Segundo a entidade, se ocorrer a expansão da forma como está proposta, a mobilidade ficará pior, o trânsito caótico, as nascentes de água serão afetadas, a preservação ambiental correrá riscos e a poluição será agravada. As assinaturas podem ser feitas no site www.sustentacidade.minhacampinas.org.br .

PORQUE PARTICIPAR

O Plano Diretor orienta o planejamento da cidade para os próximos dez anos, por meio de uma Lei que define como ela deve crescer. É pelo Plano Diretor que são estabelecidos critérios como a preferência aos carros ou ao transporte coletivo, se um bairro terá indústria ou moradia popular, se a zona rural será mantida e outros temas relevantes.

Essas propostas são discutidas em audiências abertas, realizadas por regiões e onde os moradores podem se manifestar sobre esses critérios. Por isso é importante a participação de todos, para que a especulação imobiliária não tire a qualidade de vida dos bairros e que o crescimento urbano não torne a vida dos moradores caótica, dizem os coordenadores da ONG Minha Campinas. 

 PROBLEMAS PONTUAIS

 No bairro Chácaras Primavera, por exemplo, a Associação de Moradores questiona a verticalização proposta para a Rua Jorge de Figueiredo Ferraz, sem que antes se defina critérios de ordenamento do trânsito na região. Da mesma forma, entidades do Parque São Quirino, J. Santana e Taquaral questionam a liberação de prédios nas laterais da congestionada Rodovia Miguel Noel Nascentes Burnier (entrada Campinas Mogi-Mirim, em frente a CPFL), criando novos polos geradores de tráfego sem antes resolver os já existentes.

 CRONOGRAMA

 Na região Leste, que abrange os bairros no entorno do Alto Taquaral, as apresentações oficiais pela prefeitura e discussão das propostas  estão agendadas para as seguintes datas e locais:

Dia 15/05 às 18h30, no Taquaral - Regional 3 (Rua Nuno Alvares Pereira, 160 – Vila Nogueira).

Dia 16/05 às 18h30, no Parque Imperador - Comunidade Sagrado Coração de Jesus (Rua Alceu Amoroso Lima, 500)

Dia 22/05 às 18h30, na Vila Brandina – Paróquia São Pedro Apóstolo (Rua Maria Encarnação Duarte, 417 – Chác. da Barra).

 A apresentação da sistematização das propostas será em junho, nos dias 20 e 22 (às 18h30), 24 e 25 (das 8h30 às 17h) no Salão Vermelho da Prefeitura. A reunião final de apresentação da contraproposta e minuta do Projeto de Lei será dia 15 de julho, das 8h30 às 18 h, no Salão Vermelho da Prefeitura. Todas as reuniões são abertas à livre participação popular. 

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