Quase no final do prazo dado pelo Ministério Público e depois de três adiamentos, o desassoreamento da lagoa de contenção do Parque Linear Ribeirão das Pedras finalmente começou no dia 18 de agosto.  A ação vem sendo solicitada desde o ano passado pelo Movimento Parque Ribeirão das Pedras, devido ao mal cheiro, infestação por aguapés e morte dos peixes. A Prefeitura não informou a empresa responsável pelo trabalho, valor ou cronograma para a operação de desassoreamento.

Uma vistoria realizada em julho de 2015 pela Secretaria de Serviços Públicos fez uma estimativa do volume de material a ser retirado, chegando ao volume total de 11.600 m3. Formado por areia, pedra, entulhos e vegetação aquática, esses resíduos serão depositados às margens da lagoa  até sua secagem e posteriormente retirado por caminhões para descarte. Calcula-se que serão necessários mil caminhões para o transporte de todo material retirado. 

A lagoa, com 16,5 mil m2, tem a função de amortecer as cheias do Ribeirão das Pedras e cumpre um papel paisagístico na região. Foi construída durante as obras do Dom Pedro Shopping como parte das medidas de compensação dos impactos ambientais causados pelo empreendimento durante sua implantação, em 2001. O Parque Linear integra um importante corredor ecológico que faz conexão com a Mata Santa Genebra. 

Após o fechamento da edição impressa, a Secretaria de Serviços Públicos esclareceu que o trabalho deve durar cerca de 60 dias e está sendo feito com equipe e maquinário próprio.Sobre o cheiro de esgoto e a necessidade de análise da água da Lagoa, a informação é que “técnicos da Sanasa já foram ao local e verificaram que não existe descarte de esgoto. Entretanto, quando ocorre algum entupimento nas redes de esgoto da região, o volume que vaza acaba atingindo a lagoa, mas a Sanasa já atende de imediato o problema. Também existe nas proximidades uma estação elevatória de esgoto, que pode exalar um odor”.