Campinas, 02 de Maio de 2024
REMEDIAÇÃO NO MANSÕES EMPERRA NOVAMENTE
25/06/2016
Notícia publicada na edição n.98 do Jornal Alto Taquaral
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 Cetesb não responde e Secretário suspende licitação

Dois dias antes do prazo de encerramento da licitação que escolheria a empresa para elaborar o Plano de Remediação da área contaminada do bairro Mansões Santo Antônio, a Secretaria do Verde decidiu suspender a licitação. O secretário Rogério Menezes explicou que empresas interessadas questionaram itens do processo que tratam dos métodos exigidos ou de técnicas de remediação de danos, e a atribuição legal das respostas é da Cetesb, que enfrentava uma greve de funcionários. A Secretaria informou que após receber as respostas da Cetesb reabrirá o processo licitatório, com 45 dias para a apresentação das propostas das empresas concorrentes.  

A contaminação foi provocada pela indústria Proquima Produtos Químicos Ltda., que atuou entre 1973 e 1996 com a recuperação de solventes na Rua Hermantino Coelho. Como não possuía sistema de tratamento de efluentes, a indústria infiltrava seus resíduos diretamente no solo por meio dos poços absorventes (sumidouros). Em 1996 a área foi comprada pela construtora Concima para a edificação de oito torres residenciais. Em agosto de 2001, quando confirmada a contaminação, três torres já haviam sido concluídas e uma ocupada. A segunda fase do empreendimento foi indeferido e as unidades das duas torres concluídas não foram entregues aos compradores.

Os estudos ambientais na área foram iniciados em 2001, detectando concentrações de metais e solventes organoclorados (cancerígenos) em solo e água subterrânea significativamente acima dos padrões ambientais. Os contaminantes em água subterrânea extrapolaram os limites das áreas onde foi construído o Conjunto Residencial Parque Primavera, alcançando vários quarteirões vizinhos que até hoje estão interditados para ocupação ou construção.

Os trabalhos de avaliação do nível de contaminação foram retomados em 2013 e, em 2014, foi instalado um sistema para extração de vapores tóxicos no subsolo do Residencial Parque Primavera, onde moram cerca de 45 famílias. O Plano de Remediação que será licitado deve atualizar a  situação real da pluma de contaminação no subsolo e lençol freático e orientar a eventual ocupação da área, que fica em uma região bastante valorizada no aspecto imobiliário. 

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