Campinas, 02 de Maio de 2024
SUSPENSA LICITAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO NO MANSÕES
16/06/2016
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A Secretaria do Verde decidiu ontem suspender a licitação para a contratação da empresa que deverá fazer o plano de remediação da área contaminada do Mansões Santo Antônio, em Campinas.
O secretário Rogério Menezes explicou que empresas interessadas questionaram itens do processo que tratam dos métodos exigidos ou de técnicas de remediação de danos. “Nós até temos técnicos que poderiam responder, mas a atribuição legal das respostas é da Cetesb”, diz ele, referindo-se ao órgão ambiental estadual.

“O problema é que a Cetesb está enfrentando uma greve de funcionários e, assim, achamos melhor suspender a licitação”, continua Menezes. O Plano de Remediação deve custar em torno de R$ 2 milhões e o valor total do processo de sua execução ainda não está definido, mas as estimativas da Secretaria do Verde e Desenvolvimento Sustentável são entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.

Histórico

O Mansões Santo Antônio é o maior passivo ambiental de Campinas. Durante 23 anos – entre 1973 e 1996 – parte da área na rua Hermantino Coelho foi ocupada pela empresa de solventes Proquímica. Em 1996, a Concima construiu três blocos de apartamentos na área, com meta de chegar a oito blocos de apartamentos, totalizando 400 unidades.

Em 2002, órgãos ambientais identificaram graves contaminações, em especial no lençol freático, e recomendaram restrições a qualquer tipo de ocupação da área. Mas uma das torres do Residencial Parque Primavera já havia sido entregue a cerca de 50 famílias.  

Há aproximadamente dois anos a Prefeitura fez acordo com uma empresa privada para financiar a implantação de um sistema para retirada de gases tóxicos do subsolo da torre ocupada hoje por 45 famílias. O sistema de extrações de vapores de compostos orgânicos voláteis, ocorre no contrapiso do bloco “A” do Residencial Parque Primavera e é uma medida mitigadora que visa diminuir o risco à saúde dos moradores, explica Menezes.

Vários quarteirões continuam com restrições para construção e ocupação, e o Plano de Remediação – que envolve a pesquisa atualizada da situação real da pluma de contaminação no subsolo e lençol freático – poderia orientar a eventual ocupação da área, que fica em uma região bastante valorizada no aspecto imobiliário.  

Fonte: Blog da Rose

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