Campinas, 25 de Abril de 2024
600 MIL FUSCAS
19/01/2022
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 Levantamento do Detran.SP
mostra que 650 mil Fuscas
seguem circulando
p
elas vias do Estado


 Agora ele curte o Fusca 86 azul claro que tem inclusive miniatura devidaemnte guardados pelo Doberman Troll


Em 20 de janeiro se comemora o Dia Nacional do Fusca;
frota total do modelo no Estado de São Paulo atualmente é de cerca de 650 mil exemplares
 

Levantamento do Detran.SP comprova que um dos modelos de veículo mais emblemáticos da história, o Fusca, continua nos corações dos motoristas paulistas. No dia 20 de janeiro, quando se comemora o Dia Nacional do Fusca (data do início de fabricação do carro no Brasil, em 1959), existem cerca de 650 mil Fuscas ativos trafegando pelas vias do Estado, desde a versão 1.200 cilindradas ao moderno New Beetle.

 

São Paulo, Campinas, Guarulhos, Santo André e São Bernardo do Campo ocupam os cinco primeiros lugares com a maior frota deste veículo. Atualmente, mais de 209 mil exemplares circulam nestas cidades, sendo que dez mil deles são itens de colecionadores, que circulam com placas pretas.

 

O Fusca foi lançado em 1935 pelo alemão Ferdinand Porshe com o nome de Typ I para ser um veículo popular e econômico. Ao logo dos anos passou pela modernização em sua mecânica, estética e passou a ser utilizado com várias finalidades, como uso pelo correio e até veículo militar durante a guerra, em 1939. Ganhou apelidos pelo mundo, onde foram produzidos mais de 21 milhões de exemplares, como Beetle, Bug, Käfer, Type 1, Carocha, Coccinelle, Escarabajo e Maggiolino.

 

No Brasil, começou a ser produzido em 1959 com peças 100% nacionais, chamado carinhosamente de fusquinha e fuscão, que tinha motor 1500 cilindradas e cores fortes como laranja e verde abacate. Ao ser substituído no mercado automobilístico por outros modelos populares, sua produção foi paralisada em 1986, mas retomada, em grande estilo, pelo ex-presidente Itamar Franco, em 1993, em São Bernardo do Campo (SP). Em 1996 saiu de linha definitivamente.

 

Mas os apaixonados pelo carrinho continuam firmes inclusive em Campinas/Sp. O jornalista Gilberto Gonçalves tem uma história antiga com o carro, que foi onde aprendeu a dirigir aos 18 anos quando tirou a CNH. Ele tem ligação sentimental com o fusca porque foi o primeiro carro que dirigiu. “Comprei o meu primeiro em 1972, em revendedora VW de Santos/SP.  Era um amarelo manga e estava no mostruário sobre um grande círculo girador na loja. Disse ao vendedor que queria aquele e foi com ele que saí da loja, acompanhado de meu pai que avalizou a compra em 36 prestações", conta.

 


                          As placas dos dois primeiros são guardadas com o troféu pelo jornalista 


O fusca amarelo ganhou placas SANTOS – SP WJ 6390 e logo ficou conhecido na Turma da Ponta, grupo de amigos que o jornalista ainda integra como a  "Barca do GG" pois sempre vivia cheio rodando pelas ruas de Santos e depois por Campinas. “Ele me levou junto com a família e amigos a muitas viagens inesquecíveis como ao Rio de Janeiro, Campos do Jordão e até Foz do Iguaçu. Mas um dia, depois de um acidente de triste lembrança com ele em Santos,  acabei vendendo.


Mas a paixão continuou e mesmo passando por vários outros automóveis de outras marcas logo veio outro Fusca amarelo também do ano 72 comprado de um tio que o mantinha guardado na garagem de casa, quase sem uso, em Botelhos, sul de Minas Gerais. 
"Foi amor à segunda vista. E com muito custo consegui convencer a mãe do dono, tio da esposa, que relutava em vender o carrinho do filho que morrera". O fusca tinha um amarelo diferente do anterior, era mais puxado para um caramelo. As placas eram MG BOTELHOS – WF 4144 também guardada ainda como lembrança na parede da área de lazer da sua casa.  "Ficou comigo até ser levado pelo "amigo do alheio" numa vacilada nossa durante passeio no Taquaral. Todas as tentativas de reencontrar foram em vão"


Mas como paixão é paixão, apareceu um outro também em Botelhos fabricado em 1986 última série. Azul claro, com placas CAMPINAS-SP – GXC 6145. Seu motor original era a álcool e dupla carburação. Emprestado a uma irmã em Santos acabou meio abandonado na garagem por uns cinco anos. Veio sobre caminhão guincho para Campinas e ganhou motor novo a gasolina e foi mantida a dupla carburação. Ganhou restauro quase por inteiro de funilaria, tapeçaria e elétrica. “E com este que ando orgulho agora pelas ruas de Campinas rejeitando todo tipo de oferta para venda. Recuso todas. A nova paixão está comprometida e vai ficar para o neto que já raspa os 14 anos e logo vai estar dando bandas com ele pelo Taqaural”.

 

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