Campinas, 18 de Abril de 2024
UNICAMP: ESTUDANTES SE MANIFESTAM
24/06/2021
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 Desde o golpe de 2016, vivemos enormes retrocessos em direitos conquistados
                                                                                                                                                                   com muita luta popular. Congelamento dos investimentos com a emenda
constitucional do teto de gastos; uma reforma trabalhista que minou os direitos
garantidos pela CLT; uma reforma da previdência que nos condena a trabalhar até
morrer; diversas privatizações e investimento em educação, ciência e tecnologia
cada vez menores. Nada disso resolveu a crise econômica. Também retrocedemos
nos direitos civis e humanos com uma escalada do discurso conservador: racismo,
violência contra a mulher, LGBTQIA+fobia, genocídio dos povos indígenas. O Estado
que deveria nos garantir igualdade e justiça é quem de fato perpetra violência contra
nossos corpos.
O descaso com a educação e a ciência nunca foi tão severo. Desde 2019, os
estudantes têm denunciado os cortes nos investimentos em educação, ciência e
tecnologia, bem como a patrulha ideológica no MEC e o risco de um apagão
estatístico por meio de cortes profundos que impossibilitam a realização do Censo
Demográfico. O governo contingenciou ilegalmente as verbas do FNDCT, paralisando
as pesquisas nas universidades, inclusive sobre Covid-19. Mais de 30 universidades
anunciaram que não tem orçamento para funcionar até o fim do ano e o próprio
MEC chegou a anunciar que não teria orçamento para custear as bolsas e realizar o
ENEM. O CNPq também está em profunda crise, com o menor orçamento do século
XXI, cortando pesquisas e bolsas em meio à pandemia.
A CPI da pandemia escancara o que temos denunciado há muito tempo: o
negacionismo de Bolsonaro e seu descaso com a vida de mais de 500 mil brasileiros
mortos pela pandemia. Com o aprofundamento da crise econômica e sanitária, sem
vacinas suficientes para a população e sem amparo à classe trabalhadora, um
governo mais perigoso que o vírus tornou necessário que saíssemos às ruas nos
dias 29 de maio e 19 de junho pedindo por “Vida, pão, vacina e educação” e Fora
Bolsonaro! Temos um novo encontro marcado dia 24 de julho, e não sairemos das
ruas até derrubar o genocida que está ocupando o Palácio do Planalto.
 
LULA
ESTUDANTES DA
UNICAMP COM
 
Porém, sabemos que ao derrubar Bolsonaro, em 2022 será necessária uma forte
liderança para recuperar nossos direitos e para que o Brasil volte a ser um país que
olhe para seu povo. Sabemos que uma saída à direita não representará uma quebra
no ciclo de retirada de direitos e perda de soberania nacional que vivemos desde
2016. Conscientes de que a saída é pela esquerda, precisamos de um representante
que seja capaz de derrotar a máquina miliciana de Bolsonaro. Todas as pesquisas
realizadas até agora apontam para um único nome: Luiz Inácio Lula da Silva!
O potencial eleitoral de Lula, a despeito de todo esforço da grande mídia brasileira
e da farsa da Operação Lava Jato que o condenou injustamente, é a lembrança de
um Brasil onde o povo comia, trabalhava e estudava. É a lembrança do país que
investia em educação, em ciência e tecnologia, que gerava emprego e redistribuía
renda. A geração que cresceu acreditando que era possível vencer na vida
estudando, hoje amarga o maior desemprego da história. Nós precisamos recuperar
a lembrança desse Brasil que tinha tudo para dar certo. Nós, estudantes de
graduação e pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas, acreditamos e
depositamos nossa militância e esperança em uma frente de esquerda para eleger
Lula em 2022, e que assim nosso país possa voltar a sonhar!
 
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