Eu ousaria titular como “Os negros também amam” o filme “A fotografia” onde a fotografia mesmo é apenas terma de fundo da nova produção romântica da Universal Pictures, com produção de William Packer.
Ora em 1953 George Stevens não titulou seu faroeste de “Os brutos também amam”?
O seu cinema, o clássico cinema norte-americano, é também ele repleto de subtextos. Uma aula de como dizer tanto sem pronunciar uma única palavra. O imediato amor que Marian sente por Shane e a igual atração de Shane pela mulher do homem que ele está auxiliando, sentimentos culposos que ambos prontamente tratam de enterrar em suas mentes, conscientes de que não os levarão adiante – ela, por conta do seu casamento, ele, em respeito a Joe –, nunca é dito textualmente, nunca é tratado às claras – a própria percepção de Joe sobre aquilo é subentendida. Tudo é velado, insinuado; o amor é surdo, abafado. As expressões e os olhares narram aquilo que o roteiro não precisa verter em palavras. Shane, em tantos momentos, parece mesmo invejar a vida de Joe: casado com uma bela mulher, tendo um filho, um pedaço de terra, um lar. Uma vida inteira pela frente. Tudo que Shane não tem e nunca terá – e sabe disso.
E por que isto? porque o amor é universal. De todos para todos.
Outra mensagem romântica do filme é sobre a dor da partida. Especialmente da partida de quem se ama. Daí fui buscar na m úsica que dizem ser de Emilinha Borba “Quem parte leva saudades de alguém, que fica chorando de dor.”(Música que dizem não ser de Emilinha Borba mas da dupla mexicana(Quirino Mendiza y Cortés) e foi composta em 1882...é uma canção tradicional do Mexico.
No filme quem chora não pé quem fica mas quem parte de onde poderíamos dar o conteúdo assim da música “Quem parte leva saudades de alguém e fica chorando de dor.” Ou ainda “Quem parte leva saudades de alguém, e leva chorando de dor.”
Por fim a prova do amor universal e de um amor está no fim do filme quando ele diz a ela que mesmo ele na Europa e ela na américa do norte eles pode se amar sim. Ela questiona a distância neste amor. Mas só vivendo o que cada um é na sua essência é possível praticar o amor na sua maior plenitude.
E olha isto The Photograph só deve chegar aos cinemas dia 28 de maio de 2020. E nos EUA só em fevereiro de 2021.
E nós já vimos aqui no Brasil, no aconchego do lar, pelo aplicativo Stremio (Assim como outros aplicativos de streaming já populares, o Stremio é um programa gratuito que permite que o usuário assista à mídia de diversas fontes diferentes em uma única plataforma. Há muitos tutoriais que mostram como baixar o aplicativo).