O final do ano chegou rápido e sem dar tempo para que as questões mais angustiantes que assombram a população encontrassem uma solução razoável. Dependendo na maioria das vezes da boa vontade política dos governantes e sem uma visão mais humana capaz de diminuir as injustiças sociais, foi um ano de muitas frustrações.

Além das grandes questões nacionais como desemprego, o caos na saúde, o aumento dos preços de produtos básicos e a difícil educação pública, nos deparamos com problemas locais recorrentes. No discurso e nas mídias a vida tá boa. Na real, tá muito difícil! Difícil caminhar por nossas calçadas, difícil achar uma lógica que leve à solução de temas batidos.

Assim é na questão da contaminação, cuja licitação foi aberta há um ano e meio e até hoje nem conseguiu avaliar a proposta técnica das empresas. Da mesma forma, os moradores da Rua Pascoal Notte continuam exibindo as trincas nas paredes provocadas pelo trepidar dos ônibus articulados que não servem à população local, mas o poder público se faz de surdo e cego.

Outro tema que tropeçou o ano todo e vai cair na judicialização é o Plano Diretor. Apesar de muitas reuniões e debates, as propostas por uma cidade com mais qualidade de vida vão acabar sucumbindo aos interesses imobiliários. E é na Justiça também que serão resolvidos os embates sobre os bolsões residenciais, como o Parque das Flores, que segue fechado entre uma liminar e outra.

Para quebrar essa maré pessimista e desesperançada, é bom lembrar que temos algumas notícias boas. Mesmo tendo se passado quase dois anos do prazo de conclusão, a obra da Rua Alessandro Payaro foi retomada e o Plano de Pavimentação do Santa Cândida finalmente poderá ser concluído.  E os idosos podem se animar com o concurso de mis e mister. Não há garantia de calçadas para que eles caminhem em segurança, mas os flashes e o circo, esses com certeza emplacam!