Campinas, 19 de Abril de 2024
RETOMADO PLANO DE LEVAR MARIA-FUMAÇA ATÉ A PRAÇA ARAUTOS DA PAZ
01/07/2017
Notícia publicada na edição n.110 do Jornal Alto Taquaral
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 MARIA FUMAÇA VOLTA À CENA - AGENCAMP QUER INCREMENTAR TURISMO EM CAMPINAS

Mesmo com estruturas abandonadas, projeto inadequado e uso verbas sob suspeita, o Conselho da Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas) incluiu a Maria-Fumaça no projeto turístico da Região Metropolitana, durante a reunião realizada em 20 de junho. O projeto será enviado para a Câmara Temática de Turismo para ser detalhado e em seguida colocado para deliberação e busca de recursos para implantação.

A ideia - segundo o vice-prefeito de Campinas, Henrique Magalhães, que apresentou o projeto aos conselheiros – é expandir o trajeto em dois quilômetros, da Estação Anhumas até a Praça Arautos da Paz, no Taquaral. Hoje a Maria-Fumaça faz passeios turísticos aos finais de semana no trecho de 25 km entre Campinas (Estação Anhumas) e Jaguariúna.  

UMA VELHA HISTÓRIA

A ampliação do trajeto foi anunciada em 2010, depois que a Petrobras cedeu R$ 1,5 milhão para a primeira etapa da obra. Com essa verba a Prefeitura deveria contratar os projetos arquitetônico, estrutural e executivo da obra e a construção das vigas do trecho aéreo. A segunda etapa (reconstrução do leito e construção dos pilares para as vigas), seria de responsabilidade da Prefeitura, que tinha como patrocinador o Ministério do Turismo – através da Caixa Econômica Federal.

Mas a obra parou porque a empresa contratada alegou falhas no projeto arquitetônico. Em 2012 a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária divulgou uma carta onde apontava os problemas que levaram ao abandono da obra, entre elas as falhas do projeto original e a mudança de curso no leito do trecho feito pela Prefeitura, o que encareceu o projeto. Com a instabilidade política na época e a cassação do prefeito, a obra foi totalmente abandonada. 

O arquiteto Paulo de Tarso doou para a Prefeitura, em 2014, um novo projeto para expansão do trajeto da Maria Fumaça e havia expectativa de abertura para licitação da obra no mesmo ano, com execução a partir de 2015. Na época foi divulgado que o custo do projeto era estimado em R$ 5 milhões, sendo R$ 4 mi do Fundo Municipal de Apoio ao Turismo e R$ 1 mi da Caixa Econômica Federal. Mas o tema saiu de pauta.

INTEGRAÇÃO FUTURA

Hoje o vice-prefeito Magalhães Teixeira defende usar o veículo histórico como parte da integração dos 20 municípios da RMC: “um projeto a ser feito a médio prazo, com o objetivo da integração que será proporcionada quando o trem intercidades começar a circular entre São Paulo e Americana”. O projeto foi incluído também na proposta do Plano Diretor, entre os planos urbanos para a orla ferroviária. 

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