‘Pra não deixar a bola cair’

Reportagem: Rodrigo Rossi

Já diz o ditado: “Em terra de cego que tem um olho é rei”. E é por aí mesmo que vai o espírito guerreiro do time feminino da ACV (Associação Campineira de Voleibol) neste início de temporada 2017.

Retomada as atividades em fevereiro, a equipe segue definindo o elenco e dando sequência aos treinos para representar a cidade em torneios regionais e estaduais. Porém, uma preocupação ronda todo esse trabalho: a falta de dinheiro.

Desde o início da temporada atletas e comissão técnica custeiam do próprio bolso os dias de trabalho e treino três vezes por semana no ginásio do Taquaral. O motivo: o atraso no repasse dos recursos do FIEC (Fundo de Investimentos Esportivos de Campinas) para o ano, único financiador do time campineiro.

“Está sendo muito difícil, porque usamos esse recurso também para custear, por exemplo, a passagem de ônibus para os treinos de alguns atletas. Sem contar o planejamento das competições que o time vai disputar e as despesas decorrentes disso, que sem o recurso ficam totalmente inviáveis”, disse Adilson Zambom, presidente da ACV e técnico do time.

Segundo ele, desde 2012 quando a equipe feminina foi formada o projeto vem sendo contemplado com o recurso do Fiec. O time atual conta com 14 atletas das categorias adulto e infanto-juvenil. “Nos anos anteriores o repasse começa a ser realizado em março. Então temos condições de planejar a temporada, ver em quais competições teremos condições de participar. Mas este ano minha preocupação é saber como eu vou fazer para chegar com as meninas até julho”, disse Adilson.

E a penúria do treinador se justifica. Segundo o secretário de Esportes e Lazer de Campinas, Dario Saadi, o repasse da primeira parcela do recurso aos projetos contemplados pelo Fiec estão previstos para o mês de junho ou julho. “Já publicamos o edital. Mas esse ano demorou porque tivemos que adaptá-lo à nova lei de editais para recursos de fundos”, disse.

E apesar do importante incentivo que Fiec representa para o

projeto, o treinador lamenta a falta do apoio também da iniciativa privada. “Campinas é uma cidade grande, celeiro de atletas da modalidade em nível mundial. Abriga ao longo dos anos equipes de ponta e campeãs da Liga Nacional, tanto no masculino como no feminino, e que foram formadas a partir também do envolvimento da AVC. E foram raros os anos em que empresas ajudaram a custear o nosso trabalho, que tem como finalidade a manutenção de uma equipe de vôlei de alto rendimento na cidade visando, principalmente, o desenvolvimento técnico de novos atletas”, disse.

Mesmo sem contar com qualquer aporte financeiro, a presença de grandes clubes na cidade é positiva para a AVC. “Além do estímulo para as garotas, usamos o ginásio do Taquaral para nossos treinos. E o fato de ser um ginásio usado também para a disputa de jogos da Super Liga Nacional, nos ajuda bastante, pois contamos com uma estrutura de qualidade para oferecer às jovens atletas. Se não fosse isso já dá para imaginar como estaríamos”, desabafa, lembrando que qualquer empresa pode estar associada ao projeto da AVC a partir da doação de até 6% do IR devido, com abatimento de 100% do valor. Saiba mais em: www.avccampinas.com.br/doacoes.

 BRASIL KIRIN TAMBÉM USA O GINÁSIO

GM reclama de abusos

O comandante Balthar, da guarnição da Guarda Municipal com base no Parque Taquaral, tem feito várias reclamações nas reuniões do Conseg Taquaral sobre os desmandos no uso do espaço, especialmente  do ginásio e seu entorno.

Ele é autor, inclusive, de um Regulamento Interno para o parque que foi encaminhado para diversos órgãos da administração pública sem nenhuma manifestação a respeito da sua iniciativa para melhorar a convivência dentro do Parque.

Sobre o ginásio, especificamente, ele tem reclamado dos atletas do Brasil Kirin que ‘usam e abusam’ especialmente no acesso com veículos no parque. “Eles autorizam até convidados a usarem o estacionamento interno próximo ao ginásio”.