Quase quarenta anos depois estou eu aqui novamente, como jornalista escrevendo sobe o transporte coletivo campineiro. Naquela época comandava sozinha o confuso e precário serviço a CCTC - Companhia Campineira de Transporte Coletivos do grupo Viação Cometa.
Entre os tantos problemas do sistema estava a péssima remuneração dos empregados motoristas e cobradores. Estes, pela facilidade, abusavam no desvio do troco de 50 centavos. E as desavenças com passageiros eram constantes: de tapas a tiros. A matéria da época ajudou a mostrar que a má administração gerava os problemas.Mas não os resolveu .
Hoje o sistema está mais confuso ainda. Não há uma única empresa, mas várias, na condição de permissionárias ou concessionárias e cooperativas e uma organização privada que controla o sistema tarifário (passes e bilhetes): a Transurc.
Acima de tudo está o poder municipal representado pela Emdec que tem por obrigação normatizar e fiscalizar o sistema chamado InterCamp que agrega 247 operadores em cerca de 20 linhas.
Acabaram com os cobradores mas não acabaram com os problemas também. Hoje o motorista dirige, cobra e fiscaliza passageiros isentos. Assim, sobrecarregado, peca no principal que é o zelo pelas pessoas que conduz no ônibus. E aí, quase 40 anos depois praticamente nada mudou. Talvez, apenas o troco.