A ALEGRIA NO DOMINGO
A tarde do domingo, dia 21 de outubro, na concha acústica do Taquaral permitiu, a quem lá compareceu para ver apresentação da Sinfônica de Campinas, lembrar bons tempos quando a Orquestra era comandada pelo maestro Benito Juarez.
Afinal, foi o novo regente, Vitor Hugo Toro quem lembrou que o local não era usado para este fim há mais de oito anos. Na abertura do evento, ele comentou que “alguns músicos da orquestra que haviam estado por aqui antes já estão de cabelos brancos e outros, cabeludos, já perderam os cabelos”.
Apesar dos organizadores divulgarem que o público esteve perto de 1.500 pessoas, avaliações mais realistas davam conta de cerca de 500.
Para a secretária municipal de Cultura, Renata Sunega, (foto abaixo) “a retomada da apresentação da Sinfônica na Concha Acústica mostra a intenção da administração de levar a orquestra para a população, oferecendo um evento de qualidade e gratuito”.
A secretária destacou que o espaço passou por uma revitalização e está pronto para receber outros eventos. “Recuperamos toda a parte do camarim e pintura, além de instalar nova iluminação”. No espaço, com capacidade para três mil pessoas sentadas, foram feitas as demarcações de lugares para cadeirantes.
O repertório teve, na abertura, a ópera “Nabucco”, do italiano Giuseppe Verdi, de 1842; a valsa “Imperador” Op. 437, obra de Johann Strauss II; “Fausto”, de Charles Gounod e também a obra “Danças Húngaras – nº 1, 2, 3, 4 e 5”, do alemão Johannes Brahms e, por fim, a “Rapsódia Húngara nº2”, de Franz Liszt.
A TRISTEZA NA SEGUNDA-FEIRA
O retorno da Orquestra Sinfônica à concha acústica da Lagoa despertou, por outro lado, a preocupação de moradores e frequentadores do Parque Portugal que discordam da secretária de Cultura quando ela diz que “o espaço está pronto para receber outros eventos”.
E foi a divulgação desta afirmação que os levou a acionar a reportagem do Jornal ALTO TAQUARAL para uma visita mais apurada, na segunda-feira após a apresentação, ao local onde adultos, entre eles muitos idosos, e crianças estiveram para ver e ouvir a sinfônica.
Enquanto a secretária fala da recuperação do local, o espaço destinado ao público continua em péssimo estado de conservação.
Muitos dos blocos de concreto estão quebrados ou com buracos, impedindo a utilização e colocando em risco os frequentadores. Além disso há fiação, de antigas luminárias indicativas dos lugares, exposta entre os blocos usados como assento. Se os fios ainda estiverem energizados, o risco de alguém pisar ou de uma criança pegar inadvertidamente é grande.
Da mesma forma está a ligação das luminárias no alto da concha com vários fios expostos e emendados de forma improvisada.
As reclamações apontam também a situação das grades que cobrem as galerias de água pluvial, com irregularidades no piso e buracos bem em frente aos lugares para cadeirantes.
E, por fim, ainda resta a questão dos mais de 150 gatos que habitam o parque e vagueiam pelo local deixando rastros de sujeira de toda ordem, com risco à saúde pública, principalmente das crianças.
Confira a situação da Concha Acústica da Lagoa na galeria de fotos do site: http://www.jornalaltotaquaral.com.br/galeria.php?g=SITUA%C7%C3O+CONCHA+AC%DASTIDA+DA+LAGOA